Sabemos que
normalmente a dor serve como um sinal de que algo não vai bem, e que, por isso,
precisamos reagir. Mas, algumas vezes, o sistema de aviso pode falhar, e
sentimos dor mesmo sem haver qualquer ameaça à integridade de nosso organismo.
Quando a dor persiste
além do tempo necessário para a cura da lesão, em situações em que nada pode
ser feito para solucionar o problema que a originou ou ainda em casos onde não
é possível detectar nenhum problema, nós
a chamamos de dor crônica.
A dor crônica pode
ser resultado de uma lesão persistente nos tecidos ou de uma perturbação no próprio
sistema de alarme da dor, mas ela já não possui nenhuma função biológica – de
proteção do organismo. Compreendemos que fatores psicológicos e sociais, além
de biológicos, desempenham importante papel no desenvolvimento e manutenção da
dor crônica.
Alterações no
sono, no apetite e na libido; humor deprimido e ansiedade, além de irritabilidade
e desesperança são comuns em pessoas que sofrem com dor crônica. As atividades
profissionais, as relações familiares e sociais ficam comprometidas na vida
desses pacientes. Sabemos que fatores biológicos, psicológicos e sociais
interagem e atuam no desenvolvimento e manutenção da dor crônica. Saiba que a
dor crônica não é um castigo, mas devido ao sofrimento que ela causa, você deve
buscar tratamento.
Autores: Magna Cruz - Psicóloga, doutoranda em Psicologia das Diferenças Individuais - UFMG.
Ana Melo, Breno Pedercini, Cláudia Furtado, Gabriela Faria, Gizele Martins, Marinna Figueiredo - Alunos de graduação em Psicologia - UFMG.