DOR: o que é e por que
sentimos?
O maior problema é quando a dor
que deveria desaparecer, permanece.
A dor tem uma razão de existir: proteger
nosso organismo. Você consegue imaginar como seria se não sentíssemos dor?
Sentir dor evita que coloquemos nossa vida em risco, e nos avisa quando algo
não vai bem dentro do nosso corpo.
A dor é uma sensação desagradável que varia desde leve
até insuportável. Não existe atualmente nenhum equipamento que nos permita medir
a dor. Para quantificá-la, contamos com o relato dos pacientes em uma auto-avaliação
da dor sentida. Mas cada pessoa pode perceber a dor de uma maneira. Como?
A dor é
processada pela transmissão dos estímulos nocivos enviados da nossa pele,
músculos e/ou órgãos internos para o nosso cérebro. Quando essa informação
chega ao córtex motor - uma região do cérebro, uma reação é liberada para que
evitemos maiores prejuízos para o nosso corpo. A questão aqui é que esse
caminho entre o estímulo e a reação passa pelo centro de controle de nossas
emoções e pensamentos. Assim, podemos concluir que nossas emoções e pensamentos
podem influenciar a forma como percebemos a dor.
Exemplo disso
acontece quando nos sentimos sobrecarregados e tensos ou logo após uma
discussão com alguém. Nesse momento podemos começar a sentir dores ou ter uma
dor já existente aumentada. Muitos pacientes já nos relataram isso no
consultório: “Logo depois de brigar com meu marido eu percebi que a dor
aumentou e pensei que não poderia suportar.”
Autores: Magna Cruz - Psicóloga, doutoranda em Psicologia das Diferenças Individuais - UFMG.
Ana Melo, Breno Pedercini, Cláudia Furtado, Gabriela Faria, Gizele Martins, Marinna Figueiredo - Alunos de graduação em Psicologia - UFMG.